A expressão “antes de mais nada”

Comumente empregada na abertura de discursos, a expressão “antes de mais nada”, que significa “em primeiro lugar”, é vítima de preconceito há um bom tempo. Os culpados são pessoas que querem, a qualquer custo, enquadrar o idioma em modelos de pensamento literais demais. Estes dizem tratar-se de uma expressão vazia, argumento totalmente rebatível, uma vez que é compreendida por qualquer falante.
“Antes de mais nada” pode ser empregada, sem medo de ser feliz, como sinônimo de “antes de tudo”, “em primeiro lugar” e “antes de qualquer coisa”.
Sem origem definida, essa locução adverbial é encontrada em textos antigos, como em “Réplica”, obra de Rui Barbosa de 1902:
“Ora, antes de mais nada, se essa dissonância fosse inevitável, eu não a teria notado.”
Bom, isso não tira o direto de não gostarem da expressão. Ninguém é obrigado a inseri-la em seu vocabulário, mas ninguém tem o direto de tornar sua decisão em lei universal.
Referências:
Não Tropece na Língua, de M. T. Piacentini;
Sobre Palavras, de Sérgio Nogueira.
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